quarta-feira, 9 de junho de 2010

PIB DO NUNCA ANTES

Cenário exuberante para Dilma

A exuberância, anunciada ontem, do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre deste ano ao ritmo de 9%, dará o tom dos debates sobre a sucessão nos jornais de hoje e só será esquecida por conta da Copa do Mundo que a tudo tira urgência no país do futebol. O clima é e um certo já ganhou na base aliada do presidente Lula, que antevê dias mais difíceis para a oposição diante de cenário tão promissor para a candidata oficial, a ex-ministra e estreante em campanhas políticas Dilma Rousseff.

O PIB, sabe o leitor, é a soma de todos os bens e serviços produzidos no Brasil. O indicador mostra a vitalidade da economia dos países e a nossa segue em padrão chinês. Mesmo com a inevitável pisada no freio que o Banco Central deve anunciar logo mais, com nova elevação nas taxas de juros, além do corte orçamentário meia boca já anunciado pelo Ministério da Fazenda, a temperatura no país é de tudo a favor para Dilma Rousseff, que precisaria cometer uma barbeiragem monumental caso quisesse entregar uma vitória que parece certa sobre o adversário José Serra.
Lula não perdeu tempo para soltar rojões com o bom desempenho da economia. “Acabo de receber uma informação aqui de que o PIB do primeiro trimestre foi de 2,7%, ou seja, anualizado dá um PIB de 9%, o que é um crescimento exuberante. Acho que o Brasil merecia e precisava disso”, disse o presidente, quando discursava numa cerimônia de comemoração dos cinco anos do programa de Microcrédito Produtivo Rural (Agroamigo), em Fortaleza (CE).

Ao comemorar o crescimento da economia brasileira, Lula lembrou que foi criticado quando disse que o Brasil sentiria menos os efeitos da crise internacional. “Vocês viram que fui esculhambado quando disse que a crise seria apenas uma marolinha no Brasil e alguns diziam que o Brasil ia afundar. No entanto, o país foi o último a entrar e o primeiro a sair da crise.”

Céu de brigadeiro, portanto, que chegaria ao paroxismo com uma eventual vitoria brasileira na Copa da África. Política, contudo, não é ciência tão exata assim. Há uma polarização grande na campanha presidencial e a temperatura vai ferver a partir de agosto – quando não será permitido piscar o olho, sob pena de perder-se o bonde. A dúvida, onde existir possa, é o fato também inegável de que Dilma é neófita em campanhas desse porte. Aliás, ela é barriga verde em disputar de qualquer porte. Pode errar? Pode. Mas tem tudo a favor para confirmar os vaticínios de que Lula tem cacife para eleger até poste.

3 comentários:

Daniel disse...

Força Dilma!, pelo bem do Brasil.

Anônimo disse...

Esse PIB é um comparativo com o primeiro trimestre de 2009, no qual era negativo, na época da marolinha, se formos olhar economicamente, esse número 9 não é tudo isso que estão falando.

Anônimo disse...

Pois é ! Como vivemos num país democraticamente mais maduro, dessa vez irei votar na Marina Silva, a nova mandela de um país.

 
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