terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

ELEIÇÃO NA AMAMS

Os anéis e os dedos


Não passou de jogo de cena a ameaça de deputados e de alguns prefeitos de interferir na eleição da Associação dos Municípios da Área Mineira da Sudene (Amams), de modo a evitar a nítida ingerência do Palácio da Liberdade e dos próprios deputados em entidade classista restrita à esfera dos interesses municipais. O prefeito de Patis, no Norte de Minas, Walmir Morais (PTB), acabou sendo eleito para o cargo após intervenção do Palácio da Liberdade e do empenho escancarado do vice-governador de Minas, Antônio Augusto Junho Anastasia, no caso. É a terceira vez que Morais ocupa o cargo. Encontro que reuniu, além do próprio Anastasia e o secretário Danilo de Castro (Governo), além de deputados da bancada do Norte, selou o acordo que colocou fim à disputa, adiada desde o início de janeiro por falta de consenso.


Acordo montado durante reunião em Januária, no final do mês passado (30/01), e avalizado pelo Palácio da Liberdade, resultou na retirada das candidaturas do prefeito anfitrião, Maurílio Arruda (PTC), de Marco Antônio Andrade (PSDB), prefeito de Ubaí, e Fábio Madeiras (PTB), prefeito de São João da Ponte. Walmir Morais concordou em ceder espaço para a eleição dos cargos de vice-presidente, tesoureiro e secretário - que até então eram nomeados pelo presidente da entidade. Pelo acordo, os prefeitos que formam a mesa diretora também poderão indicar apadrinhados seus para cargos na Amams.

A chapa vencedora, que saiu do forno do Palácio da Liberdade, é formada Walmir Morais (presidente), Marcos Antônio (vice-presidente ), e Maurílio Arruda (tesoureiro). Seria o caso de perguntar que tanto interesse o governo estadual tem na eleição da tal Amams, uma entidade de pouca representatividade e normalmente disputada pelo "baixo clero" da prefeitada da região. Anastasia, que avalizou o acordo, sonha com a cadeira de Aécio Neves (PSDB) e não quer deixar nó sem pontas. Quem também sai vitorioso do embate é o deputado Arlen Santiago (PTB), que retornou um seu aliado ao cargo após vencer a queda de braço com colegas da Assembléia, caso de Paulo Guedes (PT) e Gil Pereira (PP). Do episódio outra lição cristalina: os prefeitos têm verdadeiro horror a serem largados ao relento pelo governo estadual e a insurreição deu em nada.

2 comentários:

Anônimo disse...

Luís,
a questão da chapa completa ainda não é definitiva. Primeiro, tem que ser aprovado, em reunião que ainda será convocada pelo presidente da AMAMS, o novo estatuto da entidade. Depois, nessa reunião ou em outra posterior, é que será eleita a diretoria. Segundo informações colhidas junto aos prefeitos do grupo de Valmir Morais participantes da reunião, não foi feito acordo para que a AMAMS tenha, por exemplo, um tesoureiro, mas sim um Conselho Fiscal, além de primeiro vice-presidente e segundo vice-presidente, mais oito prefeitos-diretores, um por regional. Os vencidos no processo estão tentando plantar notícias falsas, mas o Valmir Morais foi eleito e é ele que governará a AMAMS, coisa que pretende fazer com Marquinhos de Ubaí e Reinaldo Teixeira ao seu lado.

Anônimo disse...

Luís,
a questão da chapa completa ainda não é definitiva. Primeiro, tem que ser aprovado, em reunião que ainda será convocada pelo presidente da AMAMS, o novo estatuto da entidade. Depois, nessa reunião ou em outra posterior, é que será eleita a diretoria. Segundo informações colhidas junto aos prefeitos do grupo de Valmir Morais participantes da reunião, não foi feito acordo para que a AMAMS tenha, por exemplo, um tesoureiro, mas sim um Conselho Fiscal, além de primeiro vice-presidente e segundo vice-presidente, mais oito prefeitos-diretores, um por regional. Os vencidos no processo estão tentando plantar notícias falsas, mas o Valmir Morais foi eleito e é ele que governará a AMAMS, coisa que pretende fazer com Marquinhos de Ubaí e Reinaldo Teixeira ao seu lado.

 
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