segunda-feira, 23 de março de 2009

TSUNAMI

Poço sem fundo

Más notícias para os prefeitos dos pequenos municípios que dependem do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) para tocar o dia-a-dia de suas administrações. O repasse da segunda parcela do FPM, que aconteceu na sexta-feira, 20/03, ficou em 14,4% abaixo dos valores previstos pelo governo e confirma a tendência de queda que se verifica desde o início deste ano. Já tem prefeito por aí vendendo almoço para comprar o jantar, segundo falou ao blog um assessor de prefeito.

A coluna de política “Painel” do jornal “Folha de S.Paulo” tratou do assunto na edição desta segunda-feira e anota que, no Norte de Minas, algumas prefeituras optaram por reduzir o expediente pela metade como forma de cortar despesas. A falta de recursos assusta os novos prefeitos que assumiram em janeiro e deixa os reeleitos com saudade do início do primeiro mandato. Além da queda da arrecadação na ponta das receitas, os prefeitos enfrentam dor de cabeça extra com o aumento do salário mínimo e o novo piso nacional dos professores.

O município norte-mineiro de Manga, por exemplo, registra queda de 16,27% nos repasses federais nas três primeiras semanas do mês de março na comparação com o mesmo período do ano anterior. Até a última sexta-feira, o município havia recebido R$ 695.318,77, ante os R$ 830.445,84 que abasteceram os cofres no mês de março de 2008. O prefeito Quinquinha Sá (PPS) promete cortar despesas com redução de salários, inclusive o próprio e dos secretários. Na hipótese da crise se agravar nos próximos meses a medida também vai atingir os funcionários concursados.

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