sexta-feira, 13 de março de 2009

CUSTO BRASIL

E o preço da gasolina?

A necessidade de recomposição nas margens de lucro da Petrobras é o motivo alegado para que o preço da gasolina brasileira permaneça entre as mais caras do mundo. Se não a mais cara. A estatal brasileira do petróleo segurou um pouco o preço do combustível quando o preço do barril chegou perto dos 150 dólares. O tempo passa e nada do governo fazer o ajuste que traria o sempre desejável alívio para o bolso do consumidor em tempos de crise. Vale acrescentar que o barril tem há um tempo preço médio flutuando nos 45 dólares -- um terço do preço registrado há um ano.

Aqui em Brasília o preço da gasolina é de R$ 2,68. O valor é bem salgado e o dado intrigante é que basta sair dos limites do Distrito Federal para encontrar ofertas do produto até 40 centavos mais barato em algumas cidades goianas. Um estudo da Câmara dos Deputados que mostra que o preço médio praticado no país já poderia ser de R$ 2,10 ante os R$ 2,51 atuais, mesmo considerada a valorização do dólar frente ao real, que anda aí na casa dos 30%.
A Petrobras divulgou na semana passada lucro de R$ 33,9 bilhões (perdão por ter postado o valor de R$ 6 bi) e fica cada vez mais patente para o consumidor que já chegou a hora de sentir no bolso o alívio que a queda no preço do barril do petróleo representa para outros países. Mesmo levando em conta a carga tributária brasileira, esta sim a maior do mundo, seria possível pagar menos pela gasolina nossa de cada dia, já que o álcool, genuinamente brasileiro e orgulho pátrio, também anda pela hora da morte nas bombas aqui da capital federal: R$ 1,89 o litro, o que, na prática, inviabiliza seu uso como alternativa para a gasolina. Está aí uma boa notícia que o governo pode anunciar aos brasileiros em meio à já angustiante safra de más novidades na economia.

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