quarta-feira, 15 de abril de 2009

UM RÁPIDO COMENTÁRIO

Fora do padrão normal
A reação do presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer (PMDB-SP), diante de mais um escândalo envolvendo um nome da Casa foi dizer que “não se trata de um padrão normal”. O escândalo da vez é protagonizado pelo deputado Fábio Farias (PMN-RN), que usou dinheiro público para pagar passagens aéreas para amigos famosos – incluído a modelo e apresentadora Adriane Galisteu, com quem namorou.

O parlamento realmente perdeu toda a noção do que seria um “padrão normal”. E tudo vai ficando por isso mesmo. Além da farra com as passagens de avião, tem deputado e senador que paga empregada doméstica com verba de gabinete (quer padrão de imoralidade mais calhorda do que esse), que empresta celular corporativo para a filha falar ao léu e mandar a conta de R$ 14 mil para o eleitor pagar, o caso dos 180 e tantos diretores, o senador que tem jatinho e usa dinheiro público para... alugar jatinhos, a farra com as horas extras durante o período de recesso, o caso escandaloso dos apartamentos funcionais somado ao auxílio moradia e uma penca de episódios outros que são de domínio público e que só tomaria o tempo do leitor sua enumeração aqui.

Para ir direto ao ponto, o padrão em vigor é do total desligamento entre o eleito e o seu eleitorado, que, por óbvio, não se sente representado pela turma que manda para Brasília. Nossos políticos parecem viver em um mundo à parte, em pleno gozo das benesses que se auto-concedem e que destoam muito do “padrão normal” da média do eleitorado, sem se importar com o país. Há projetos importantes para a cidadania, infraestrutura e que tais que ficam anos em tramitação, porque suas excelências são pra lá de improdutivas. Menos no que diz respeito ao gasto do dinheiro público.

E os escândalos se acumulam sem a esperada reação que volte ao padrão minimamente aceitável. Há até a vergonhosa medida adotada pela mesa diretora do Senado para dificultar a ação da imprensa ao exigir o envio de ofício por escrito para a liberação de qualquer informação sobre a Casa e seus integrantes. Com prazo de cinco dias para atendimento, no que expõe de modo inequívo a verdadeira face do atual presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), que tem veleidades de estadista e de intelectual. Não é mesmo um padrão normal nesses tempos de informação instantânea. O parlamento perdeu a medida.

Um comentário:

Anônimo disse...

mas isso passa se o mandato é de quatro anos estas medidas impopulares passará aos 3,5 e o grande eleitorado esquecerá de todas essas manobras a beneficio própriodos dignissimos representantes e continuará tudo como esta, o senador que pagou passagem para a modelo reeleito, o que cedeu o celular pra filha falar a vontade também, o que pagou a sua ajudante do lar também.... tudo como esta, so as criticas e escandalos que com certeza serão renovados.

 
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